Do assunto ao clique

Tem muita gente que subestima o valor do email, em uma campanha, porque diz que não abre nenhum que recebe.

Além de não podermos colocar nossa experiência pessoal como algo que todo mundo faz igual, todo mundo abre emails.

Mas abrir email é a parte mais fácil. Se é de algum remetente de quem você espera receber mensagens, e tem um assunto que te interessa, você vai ler.

O mais difícil é o próximo passo, fazer o leitor clicar em algum link do email.

Para isso existem estratégias, claro.

Recebi esse email da Alura e resolvi dissecar ele aqui para mostrar as melhores práticas de email com um excelente exemplo.

O assunto é bem direto, poderia até ser mais caça-clique, mas decidiram fazer o que é melhor para o destinatário. Ponto pra eles.

Quem enviou foi o CEO do email dele ([email protected]), só colocando do lado que é da Alura. E como a mensagem foi escrita em primeira pessoa, com tom informal, faz todo o sentido colocar assim.

E na linha de descrição foi bem direto falando da criação do chatbot e da viagem.

O email foi escrito em primeira pessoa, para ser tão pessoal a ponto de colocar um gif do Paulo como se fosse um Story de um amigo contando da viagem que fez.

Depois já começa com o assunto de IA do Google.

Aí já apresenta o que ele está vendendo no email.

Foi direto, explicando a parceria com o Google e como é a imersão. De cara já colocando 3 links (um na imagem) para facilitar a inscrição em qualquer momento.

Essa estratégia de colocar vários pontos de contato no email é excelente. Você nunca sabe quando o lead vai querer converter. Então é muito bom você ir colocando links em vários momentos que você identifica que podem gerar a conversão.

Melhor ainda é quando você usa uma ferramenta que mapeia os cliques.

Eu fiz isso na campanha de lançamento do meu livro:

Coloquei links para a compra em quatro pontos diferentes da mensagem. A maioria absoluta (34 cliques) converteu no botão, como era o esperado. Mas seis deles já foram comprar na primeira oportunidade, não precisaram ler tudo.

O layout ficou esquisito nesse mapeamento dos cliques, mas no email estava tudo certo.

E eu ainda criei uma regra para reenviar esse emails dois dias depois para quem não abrisse. Foram mais 12 aberturas e oito cliques.

É tão importante aproveitar as oportunidades de contato com o lead que eu até aproveitei pra colocar o link pro meu livro nessa imagem acima. Não é porque estou falando de uma campanha de email que eu vou deixar passar uma oportunidade de converter, e você deve fazer o mesmo sempre.

Depois explicaram um pouco melhor detalhes do curso, como instrutores, datas e, claro, mais dois links.

Depois listaram mais vantagens e um botão gigante para quem ainda não entrou no link fazer isso logo.

No final assinou em primeira pessoa.

Eu até achei que quem tinha construído esse email tinha sido a equipe de marketing, e não teria problema nenhum. Mesmo assinando em primeira pessoa, ficou pessoal, informal e agradável. Não importaria se tivesse sido escrita pelo próprio CEO ou a pela equipe dele.

Mas ele mesmo me falou no Twitter que foi quem escreveu.

Quando você aceita receber emails de uma empresa, se cadastrando especificamente para isso ou porque fez uma compra lá, você tem uma boa tendência a continuar aceitando os emails se o conteúdo for bom. E a forma também importa.

Ninguém vai achar ruim ter seis links para a mesma landing page espalhados num email sobre o assunto e que você tem interesse em ler.

Não pense que ninguém vai usar email porque você ACHA que não abre essas mensagens.

Emails não dependem de algoritmos de redes sociais que vivem mudando e não entregam para todos os seus seguidores e vivem mudando. Você só precisa tomar alguns cuidados (como evitar palavras proibidas) para evitar cair no SPAM.

Email não é perfeito mas ainda é excelente.

Complica um pouco quando vai falar direto com a Geração Z, que ainda usa pouco email.

Eu mesmo estou montando uma estratégia toda em cima de automação de mensagens no Instagram para um cliente que tem como público-alvo adolescentes do segundo grau (é assim que chama ainda?).

O email pode até não resolver todos os seus problemas, mas vai ajudar na maioria dos casos. Além de ter um custo muito baixo.

• Aproveita e vai lá comprar meu livro de Branding para ver casos reais que podem te ajudar a tornar a sua marca memorável e se destacar no mercado.

• Preparei também um material gratuito sobre a Geração Z, que pode te ajudar se tiver o mesmo problema que eu, de ter que impactar jovens que têm um comportamento bem diferente das gerações anteriores.

• Se quiser agendar uma sessão gratuita para um diagnóstico de marketing da sua empresa, é só vir nesse link que a gente marca uma call.

• Artigo que fiz no LinkedIn com palavras que você deve evitar para não cair na caixa de SPAM.

• Meu LinkedIn, caso queira manter o contato.