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Design tem que ser útil - [Luizletter #14]
O título desse artigo deveria ser redundante, mas não é. Muitas vezes se preocupam mais com estilo que com função.
Quantas vezes já vimos projetos com alterações muito mais baseadas em gosto pessoal na parte estética que em forma e função? Cores alteradas por puro gosto do cliente, logo maior só pra agradar a empresa, falta de espaço de respiro para caber mais texto (ao invés de ser mais sucinto) grande parte das alterações serve para piorar a função inicial do design que é ser útil.
E muitas vezes a culpa nem é só das alterações. O próprio design, quando foca antes na estética e só depois na parte funcional, já nasce errado.
Trago, mais uma vez, um exemplo do futebol. O Flamengo costuma divulgar a agenda de transmissões da FlaTV. O que é uma ótima iniciativa. Mas tem um problema grave.
Fica MUITO difícil ler boa parte dos textos. O contraste de palavras pequenas em vermelho com o fundo preto já complica a leitura. E o tamanho da fonte faz ficar quase impossível ler sem dar um zoom. Uma falha na principal função da arte que seria informar.
Já o outro exemplo que eu trago é o oposto. Poderia ser só um rótulo normal, com foco em se destacar na prateleira e as informações sobre o produto bem pequenas, num canto.
Mas não, usaram as informações a favor do produto.
O rótulo é baseado na composição da bebida. Deixando claro que tem uma grande parte de ingredientes naturais e pouco açúcar. Além de ser bonito. Informa, vende e se destaca.
E cada sabor tem a sua composição diferente.
Funciona tão bem que a comunicação do Swee Kombucha usa esse estilo em toda a comunicação.
O design tem que ser útil. Isso não quer dizer que não possa ser bonito. Mas tem que partir de algo que funcione para depois focar mais na parte estética. E quando os dois andam bem juntos a gente tem um resultado como esse do Swee Kombucha.