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O marketing também tem que ser pai do produto
Aproximar o marketing das decisões estratégicas de produtos e serviços da empresa é a melhor coisa que você pode fazer
Empresas criam produtos (e serviços) que fazem o resto crescer ao redor.
Geralmente é algo que foi pensado na utilidade, com preocupação de custo, melhorias incrementais, e não tem nada de errado nisso.
Mas uma das áreas que mais olha pro cliente é o marketing. Que também é uma área que tem acesso direto a dados importantes da empresa. Deixando a pasta como uma das mais estratégicas da empresa.
Mesmo assim, muitas empresas nem pensam em incluir o marketing nas decisões sobre produto, o que é um enorme desperdício de oportunidade.
Por estar nesse ponto tão importante, e privilegiado, o marketing deve participar das discussões. Desde oferecer insights baseado em social listening, de redes sociais, até a criação de produtos que unem o core da empresa e o foco no cliente.
Sabe aqueles sanduíches de Copa do Mundo do McDonald's? São criação do marketing. Não que o gestor da área tenha juntado ingredientes e pilotado a chapa. Mas a demanda de hambúrgueres especiais para essa campanha de sucesso recorrente veio do marketing. Que tem acesso a uma equipe de profissionais da cozinha que, efetivamente, criam as receitas e o próprio marketing participa até da degustação.
Não é que o marketing está ensinando a parte culinária do McDonald's a criar sanduíches. Mas os insights da área criam uma necessidade que os especialistas precisam resolver, juntando uma oportunidade com uma solução.
Existem vários motivos para você incluir o marketing nas decisões de produto:
Identificação de oportunidades de mercado: O marketing analisa o ambiente externo e interno para identificar lacunas no mercado, necessidades não atendidas dos consumidores e tendências emergentes. Essa análise ajuda a empresa a identificar oportunidades para novos produtos ou serviços.
Pesquisa e desenvolvimento de produtos: Com base nas informações coletadas, o marketing colabora com as equipes de pesquisa e desenvolvimento para conceber novos produtos ou adaptar os existentes. O marketing fornece insights sobre as preferências dos consumidores, características desejadas e recursos necessários para garantir que os produtos atendam às expectativas do mercado.
Definição de estratégias de posicionamento: O marketing é responsável por definir o posicionamento dos produtos ou serviços no mercado, ou seja, como eles serão percebidos pelos consumidores em relação à concorrência. Isso inclui identificar os diferenciais competitivos, criar uma proposta de valor única e determinar o público-alvo adequado.
Desenvolvimento de estratégias de precificação: O marketing colabora com outras áreas da empresa para definir estratégias de precificação que sejam competitivas e ao mesmo tempo rentáveis. Isso envolve considerar o valor percebido pelo cliente, custos de produção, preços dos concorrentes e objetivos de lucro da empresa.
Comunicação e promoção: O marketing é responsável por criar estratégias de comunicação e promoção que aumentem a conscientização sobre os produtos ou serviços, gerem interesse e estimulem a compra. Isso inclui atividades como publicidade, relações públicas, marketing digital, promoções de vendas e eventos de lançamento.
Teste e lançamento de produtos: Antes do lançamento oficial, o marketing pode realizar testes de mercado para avaliar a viabilidade e aceitação dos novos produtos ou serviços. Com base nos resultados desses testes, o marketing ajusta a estratégia de lançamento e prepara o terreno para o sucesso comercial.
Análise de desempenho e feedback dos clientes: Após o lançamento, o marketing monitora o desempenho dos produtos ou serviços no mercado, coleta feedback dos clientes e realiza análises para entender o impacto das estratégias adotadas. Com base nessa análise, o marketing pode propor ajustes ou melhorias nos produtos existentes ou planejar novos lançamentos.
Trabalhando num grupo de vendas de carros, acabei sugerindo uma mudança no fluxo de avaliação de carros semi novos. Isso porque pensando em uma ação que precisava acelerar as avaliações num curto espaço de tempo (hora do almoço) conversei com o pessoal da operação para entender como funcionava o processo.
A parte de avaliar o estado de um carro era até rápida, demorava uns 15 minutos. O que demorava mais era a parte de documentação, que demorava mais uma meia hora. E isso acabava com a ação que eu estava propondo, não dava para cada avaliador analisar só dois carros por dia, na hora do almoço.
Conversando, ajustamos o fluxo para que nessa hora fosse feita apenas a avaliação do carro, a parte documental seria feita posteriormente. Aumentando a quantidade de carros avaliados de 2 para 8, por período. Salvando a ação e melhorando até a experiência do cliente, que receberia por WhatsApp, ao longo do dia, a avaliação do carro. Nem precisava mais ficar sentado esperando a parte burocrática.
Envolver a área em decisões estratégicas pode ter soluções que vão muito além da criação de produtos. Pode ajudar até a “empacotar” produtos de maneiras diferentes para atender a demandas que vêm diretamente do público, ou fazer adaptações baseadas em tendências que podem aumentar as vendas aproveitando oportunidades.
Se você tem uma área de marketing, aproxime ela do seu produto.
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