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O nome é o que o cliente quiser - Luizletter #31

Eu nunca tinha ouvido falar na Oxxo. Nem sabia que era uma rede mexicana de lojas de conveniência, e muito menos que tinha chegado no Brasil. Acho que nem tem em Brasília mesmo, então não ia descobrir fácil mesmo.

De qualquer maneira, descobri quando passou no Twitter uma foto como essa abaixo.

A fachada da loja com a explicação de como se fala o nome da loja em português.

Nem sei se a ideia era só explicar mesmo o nome, ou se a intenção era viralizar. A questão é que já vi várias fotos com a mesma fachada e em nenhuma delas eu vi alguém elogiando a ação.

Já saiu até matéria no UOL explicando como que se fala o nome da empresa.

Até entendo que é normal empresa querer que seu nome seja dito da maneira correta. Mas isso tem mudado muito. Cada vez eu vejo mais as marcas simplificando para os clientes.

O NuBank é o Roxinho, Magazine Luiza virou Magalu e o ponto frio chegou a se tornar só o Pinguim.

Muitas vezes é importante entender o comportamento do cliente em relação à marca.

Numa aula que tive na pós, uma professora citou o caso de um eCommerce que foi analisar os resultados do campo de pesquisas. E descobriu que tinha muita gente pesquisando "Tênis N".

Nada mais era que o New Balance, que as pessoas reconheciam a marca mas nem sabiam o nome. Mas se você procura como Tênis N você acha.

A percepção ruim de uma marca pode vir até de uma modernização de logo.

Depois dessa mudança abaixo, dispararam as pesquisas por "Marca KN".

De todos os casos recentes de marca se adaptando a como os clientes chamam, o que eu mais gosto é o do McDonald's.

Já era mais que reconhecido e todo mundo sabia o nome, mesmo que falando meio errado. Ou até apelidavam. E uma das marcas mais globais que existem não só brincou com isso como abraçou institucionalmente. Até colocando em fachada.

Foi muito além de uma ação específica e hoje o McDonald's já usa mais o Méqui do que o nome oficial.

É muito mais simpático uma empresa se adaptar aos clientes do que fazer com que eles aprendam o jeito que é falado em outra língua.

Na vida real o consumidor vai chamar do jeito que der e é o que vai valer.