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Pirataria se combate com preço baixo
Uma desenvolvedora de games zerou a pirataria no Brasil disponibilizando o jogo por um valor acessível
A pirataria de propriedades intelectuais (música, filmes, jogos…) explodiu quando a internet deu boas condições para uma fácil troca de arquivos de qualquer tamanho.
E fez com que muitos conteúdos pelos quais pagavamos, estivessem disponíveis de graça.
Com o tempo, surgiram soluções muito mais simples do que pesquisar um Torrent, baixar o arquivo, abrir com medo de vir um vírus e depois ir atrás de uma maneira de crackear (em casos de software).
A música ficou simples quando a Apple começou a vender faixas individuais e álbuns digitalmente. E depois ficou ainda mais barata e prática quando a assinatura mensal do Spotify passou a te dar acesso a, praticamente, qualquer música do mundo.
Os jogos ficaram muito mais acessíveis quando o Steam começou a distribuir para o mundo todo com valores flexíveis e podendo ligar diretamente pequenos desenvolvedores ao público.
Filmes e séries tiveram seu acesso simplificado por um valor bem em conta quando a Netflix começou com o streaming desses conteúdos.
Tudo evoluiu até chegar num ponto que ficou fácil pagar valores acessíveis para ter acesso facilitado ao que queremos.
Mas depois de tudo estabilizado, voltou a ficar ruim para nós.
Preços subindo, bloqueio de VPN, compartilhamento de senhas e agora até restrição de conexão no WiFi registrado na conta. Os serviços estão piorando e ficando mais caros. Sem contar que na parte de filmes e séries a fragmentação em diversas empresas faz ficar ainda menos acessível consumir o que se quer.
Aí o que acontece? A pirataria volta.
Aumento no número de downloads piratas: De acordo com uma pesquisa da MUSO, empresa focada no estudo do impacto da Pirataria, em 2022, houve um aumento significativo no nível de pirataria quando comparado a 2021:
Séries de TV: 9% de aumento no número de downloads piratas.
Filmes: 39% de aumento na pirataria.
Estudo da Global Alliance for Legal Content: Em 2023, esse estudo revelou que a pirataria global de conteúdo atingiu um custo de US$ 78,3 bilhões à indústria do entretenimento.
Relatório da MPA (Motion Picture Association): O relatório anual da MPA sobre pirataria de filmes em 2022 indicou um aumento de 12% no valor da receita perdida devido à pirataria.
O consumidor médio quer pagar um valor justo para ter facilidade de acesso para consumir os conteúdos. Funcionou até o ponto que a ganância das gigantes passou a piorar a experiência do usuário enquanto sobe os preços.
Mas a solução mais fácil, espremer os clientes até onde eles aguentam, não é a melhor opção.
Há alguns anos o dólar chegou num valor tão alto, em relação ao Real, que prejudicou muito o poder de compra do brasileiro em relação à moeda americana.
A ponto de eu já ter entrado em sites de serviços online que tinham aviso de que tinham um valor especial para o Brasil por causa da disparidade do câmbio.
E uma pequena produtora de jogos acabou mostrando como é importante você adaptar o seu preço a uma realidade.
Eles criaram o jogo Heartbound, e vendem nos EUA por U$ 9,99. O que, hoje, dá mais de R$ 50.
Isso faz com que ele seja menos acessível por aqui e certamente abre portas para a pirataria. Mas a própria produtora já trouxe a melhor solução possível:
Baixar o preço.
No Brasil ele custa R$ 19,99, o que (hoje) dá menos de 4 dólares. A empresa resolveu dar mais de 50% de desconto para deixar acessível para os gamers do país. Preferiram isso do que deixar o valor como estava, só fazendo o câmbio e vendendo para quem quisesse pagar. Deixando uma porta aberta para a pirataria.
E sabem qual foi o resultado disso? NENHUM jogo pirateado no Brasil.
E a empresa teve lucro com isso? Sem dúvida! O nosso país é responsável por até 25% do faturamento do estúdio.
@pirate.software8 Localize Games! #piratesoftware
Não existe maneira melhor de vender algo do que fazer ser acessível a quem quer comprar. Claro que nem tudo tem margem para dar um desconto tão grande. Só que é necessário sempre adaptar seu produto às necessidades de quem vai consumir.
Dizer que a empresa é focada no consumidor fica ótimo no slide de apresentação da firma. Mas na vida real isso tá LONGE de ser realidade.
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