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Quando falar de IA espanta mais do que atrai 🤖

Descubra por que colocar “AI-powered” no centro da narrativa pode reduzir a confiança e a compra.

Em 1958, a General Motors apresentou ao mundo o Chevrolet Firebird III, um carro-conceito tão futurista que parecia ter saído direto de um filme de ficção científica. Tinha piloto automático, comandos por joystick, sensores de navegação por radar e um design inspirado em aviões a jato.

Era uma obra-prima de engenharia. Mas sabe o que aconteceu? Nada.
O Firebird III nunca foi produzido em escala. Não porque não funcionava, mas porque ninguém entendia o que aquilo resolvia no dia a dia.

Agora pula para 2025.

A gente fez a mesma coisa com a inteligência artificial.
Corremos para dizer que tem IA em todo produto novo, achando que só isso já era argumento de venda.

Já estão vendendo até shampoo com IA.

Mas será que alguém parou pra perguntar: o consumidor queria isso?

O que a ciência diz sobre vender IA

Estudos recentes mostram um padrão curioso (e preocupante): colocar IA como protagonista do produto pode, na verdade, reduzir a intenção de compra.

Um experimento publicado no Journal of Hospitality Marketing & Management testou isso em 8 categorias de produto. Só por dizer que usavam IA, a intenção de compra caiu em média 11%.

Outro estudo do International Journal of Research in Marketing mostrou que, ao saber que seus dados seriam processados por IA (e não por humanos), consumidores confiaram menos na marca, especialmente os mais preocupados com privacidade.

Em anúncios no Instagram, a simples etiqueta “feito com IA” já foi suficiente para reduzir o interesse pela marca.

E o efeito é ainda mais forte em produtos de risco alto: saúde, finanças, eletrônicos caros.

O problema não é a IA. É a forma de contar.

Existe um conceito chamado aversão algorítmica. Ele explica por que as pessoas preferem um erro humano a um acerto de máquina. No fundo, ainda confiamos mais em gente do que em código.

A ciência mostra que quando destacamos demais a tecnologia, sem explicar o valor dela, a confiança emocional no produto cai, e com ela, a venda.

O que funciona melhor?

  • Fale do benefício direto, não da engrenagem: “Receba o relatório em 10 segundos” é melhor que “relatório gerado por IA”.

  • Se for citar IA, amarre com resultado real: “Otimiza sua rota e reduz o gasto em 30%”.

  • Traga provas de confiança junto: segurança de dados, certificações, privacidade garantida.

A tecnologia é meio, não argumento

O Firebird III era lindo, avançado, brilhante. Mas não decolou porque falhou em responder a pergunta mais simples de todas: por que isso importa pra mim?

O mesmo vale pra qualquer produto com IA hoje.

Não adianta dizer que tem inteligência artificial.
Adianta dizer que resolve o que o cliente precisa — mais rápido, mais fácil, com menos fricção.

No fim das contas, o consumidor não quer saber qual motor move o produto. Ele quer saber se o produto move a vida dele pra frente.

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