Durante décadas, o clique foi o motor da internet. Você escrevia um texto, alguém pesquisava no Google, clicava no link… e pronto: audiência, leads, conversões. Mas agora tem um intermediário novo nesse jogo: a inteligência artificial que responde antes de você pensar em clicar. O nome disso é AI Overview, do Google. O impacto? Sites confiáveis perderam até 60% de tráfego em buscas onde o Google já entrega a resposta pronta.
Não é só o SEO que está em risco. É o modelo de negócios da web inteira.
No canto vermelho, os criadores de conteúdo tentando atrair cliques com vídeos, posts e links de afiliado. No canto azul, um chatbot que responde tudo sozinho. Mais rápido. Mais direto. Sem scroll. Hoje você pergunta, o assistente responde. Amanhã, ele compra pra você. E quem vivia dos cliques, dos cookies e das páginas carregadas? Vai ficando de fora da conversa.
A sigla da vez é AEO – Answer Engine Optimization. É como SEO, mas para agradar robôs que resumem. Não adianta mais repetir palavra-chave. Agora, o que importa é: estruturar respostas diretas, citar fontes confiáveis, estar pronto para ser lido por uma IA. O Google já valoriza resumos de sites jornalísticos e respostas em formato de lista. É como se a web tivesse voltado a ser texto puro – só que para máquinas lerem, não humanos.
Plataformas como Shopify já permitem conexão direta com IAs via protocolo MCP. Você pergunta “tem camisa tamanho M azul?”, o ChatGPT consulta o estoque e fecha a venda. Sem abrir o site. Sem banner. Sem branding. Quem não adaptar o conteúdo para esse novo protocolo, simplesmente não aparece.
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A OpenAI contratou Jony Ive (sim, o designer do iPhone) para criar um dispositivo de IA sem tela. A ideia é interagir por voz, como no filme Her. Se isso vingar, a web visual ( com menus, pop-ups e rolagem infinita) perde o sentido. Só vai sobreviver quem conseguir conversar.
Responda bem. Liste as 20 perguntas que seus clientes mais fazem e responda em formatos simples: lista, passo a passo, resumo.
Fale máquina. Crie um elems.txt
com dados estruturados. Exponha seu conteúdo de forma “legível” para IA.
Não dependa só do tráfego. Transforme leitores em contatos. Capte e-mails. Ofereça comunidades. Diversifique sua receita.
Se a IA está virando a nova “navegadora oficial da internet”, seu conteúdo precisa falar a língua dela. Ainda vai ter espaço para humanos? Vai. Mas só para quem aprender a ser entendido também por máquinas.
E aí, o seu conteúdo já é bilíngue?