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Treine sua equipe de inteligências artificiais em minutos

Com os GPTs você pode treinar vários especialistas diferentes, nas áreas que quiser, mesmo sem entender do nicho. Tão simples como subir um PDF.

Imagina se você pudesse ter um especialista sempre disposto a te ajudar em algo. Já seria ótimo.

Agora pense que você pode treinar ele com o conteúdo que você quiser. Basta colocar tudo em um .doc, planilhas ou até um PDF mesmo. Ele vai aprender com isso e te dar resultados muito mais precisos que o ChatGPT normal.

E você ainda consegue definir até se ele vai usar jargões técnicos, explicar como se você estivesse na quinta série e até pedir pra ele sempre falar como se fosse um pirata.

Com os GPTs você treina uma inteligência artificial para cada necessidade que tiver, com a mesma facilidade que usa o ChatGPT normalmente. Depois faz alguns pequenos ajustes, sobe pra lá os conteúdos que quer que estude, dá um nome e já pode começar a usar seu assistente.

E você pode ir além. Pode até dar um manual de um jogo e pedir para a IA explicar as regras. Ou até jogar RPG usando a Inteligência Artificial de mestre.

Pode treinar um cozinheiro e dizer quais ingredientes tem em casa para que ele te sugira receitas (até as da sua avó que você pode subir para a base de conhecimento) com o que tem na geladeira.

Lá na empresa onde eu trabalho, estou criando alguns para usos diferentes.

Sempre lembrando que, apesar de chamar de especialista, a gente SEMPRE deve tratar IA como se fosse um estagiário. Sem supervisão é arriscado confiar 100% no que ela fala.

Dito isso, existem processos criados pela própria agência que fazem parte do dia a dia. E uma boa parte desses processos é uma mistura ideias com preenchimento de documentos, para padronizar tudo.

Peguei um resumo desse processo todo, colei num documento de Word, escrevi mais alguns detalhes e dei pro robô aprender. Depois pedi pra ele criar o documento seguindo o padrão que eu tinha “ensinado”. E logo ele começou a digitar, seguindo o passo a passo. Com algumas boas ideias e outras que precisaram ser ajustadas, mas a parte mais chata, de seguir os passos com algumas partes repetitivas, só adaptando, o robô fez muito bem.

Salvou algumas horas de trabalho braçal que viram mais tempo para fazer a parte criativa.

Depois disso fui testar uma IA mais criativa. Peguei uns 5 sites de dicas de redação persuasiva para landing pages. Não era um curso estruturado nem nada, só regrinhas básicas. Colei tudo num Doc e deixei o robô se virar.

Entregou um resultado bem razoável. Como sempre, precisando de alguns ajustes. Mas analisando com o resto da agência, tiveram críticas à estrutura da LP.

Agora já estou trabalhando num segundo robô que, além de copywriter, já entende também de estruturas de landing pages. A ponto de eu colar um print de uma LP e pedir pra ele sugerir melhorias.

Tanto na parte de estrutura e design como até no texto. Mas eu ainda acho difícil a IA acertar o tom como nós humanos acertamos. Nesse caso aqui, borrei o conteúdo mas deixaria muito mais formal do que eu queria.

Eu podia pedir para ficar mais informal? Sim, mas isso costuma liberar o modo vocabulário de surfista quando eu peço. Talvez eu ainda precise achar o modo ideal de fazer esse ajuste.

Serve pra outra coisa?

E eu também já testei algo completamente diferente.

Sou casado com uma consultora de sono infantil. Ela presta consultoria para quem tem filhos com dificuldade de dormir bem (uns 99% dos bebês e crianças pequenas).

Aí eu quis fazer um teste.

Peguei com ela UM PDF de UM dos cursos que ela fez e alimentei a IA. Aí eu comecei a fazer perguntas como se tivesse um bebê com dificuldade de dormir e a IA foi ajudando bem.

O problema seria eu seguir aquilo cegamente sem ter uma especialista fazendo os ajustes. Ela mesma falou algumas coisas que não estavam ideais, mas concordou que aquilo ali poderia ser uma ferramenta que auxiliaria ela em alguns atendimentos pela praticidade de pegar informações específicas sem precisar olhar todos os materiais que ela tem.

Seria só subir todo o material que ela tem de cursos e que ela também já criou, deixar o robô aprender e depois fazer algumas consultas simples. Ganharia tempo para montar um plano de sono feito por uma profissional mas com uma IA de assistente.

O melhor dos mundos.

E o que mais?

Já testei alguns GPTs que outras pessoas fizeram. Infelizmente só pode criar, e testar, quem paga os U$ 20/mês.

Os testes que eu fiz variaram muito tanto de tema como de resultados.

Testei um que faz logos com o DALL-E3. Ele meio que ia pegando o passo a passo de um briefing e depois deu um resultado razoável.

Outro que se propõe a criar imagens no Canva teve resultados sofríveis.

Usei até um pra me ajudar a escolher algo pra assistir no streaming, mas não foi muito feliz com as indicações. Mesmo assim, dizia até onde cada programa estava disponível, certamente com algum refino vai passar a ter melhores resultados.

E depois disso?

A OpenAI já divulgou que vai criar uma loja, estilo AppStore, onde cada um pode vender seus próprios GPTs. Ou seja, você vai poder treinar um e depois disponibilizar para quem quiser pagar.

Ou o contrário. Aproveitar que algum especialista refinou uma IA para dar as melhores respostas possíveis e confiáveis.

E vale U$ 20 por mês?

Hoje eu acho que vale demais. Antes eu achava que só valia a pena para quem fosse muito heavy user. O ChatGPT normal já resolve bem. Mas com esses GPTs ficou muito fácil para qualquer um criar uma IA específica para ajudar no dia a dia. Ou, melhor ainda, criar várias! Uma para cada coisa.